A nota principal da coluna Fio Direto desta sexta-feira, assinada pela jornalista Suely Arantes, afirma que o deputado estadual Rafael Gouveia (DC) expôs o seu “caráter autoritário” ao apresentar moção de repúdio contra uma integrante do conselho de Educação, Gláucia Teodoro, porque ela criticou a forma como a autodenominada bancada cristã da Assembleia está perseguindo a liberdade de expressão dos professores dentro da sala de aula.
Veja a nota na íntegra:
Ontem, o deputado estadual Rafael Gouveia (DC) incensou o debate sobre ideologia de gênero nas escolas com uma moção de repúdio a uma integrante do Conselho de Educação, Gláucia Teodoro, que supostamente seria a favor da liberdade de expressão dos professores na sala de aula. Os deputados da bancada evangélica aproveitaram a histeria criada por Rafael para embarcar nesta luta contra um inimigo que não existe – a figura do professor de esquerda que dedica as suas aulas a induzir alunos para o homossexualismo. Rafael recebeu aplausos entusiasmados de Cairo Salim (Pros), Henrique César (PSC), Humberto Teófilo (PSL) e Major Araújo (PSL). Major disse inclusive que o brasileiro “escolheu ter um governo de direita, que tenha a Bíblia como manual de conduta”. O contraponto coube a Vinícius Cirqueira (Pros), que disse que Rafael não está preparado para ser um deputado que convive bem com o contraditório, e Lêda Borges (PSDB), que além de defender a história de Gláucia Teodoro, lembrou ao deputado que as pessoas têm o direito de divergir da ideologia dele e continuar sendo cristãs mesmo assim.