Um servidor da prefeitura de Goiânia que pediu para não se identificar entrou em contato com o Goiás 24 Horas para dizer a secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, estaria a direcionar licitação para contratação de empresa de tecnologia para o gerenciamento da chamada “fila do chequinho”. Chequinho é o nome que se dá à autorização emitida pela prefeitura para o paciente realizar exames e procedimentos.
No começo da gestão Iris Rezende, Mrué contratou uma empresa para o mesmo fim (Viver Sistemas) em regime de dispensa de licitação. O contrato foi questionado porque a Comdata (órgão da prefeitura) já tinha um sistema que atendia bem à demanda nos Cais. Dois anos depois, o contrato foi rescindido porque a Viver não teria conseguido realizar o serviço.
O servidor que faz a denúncia afirma que os diretores da Viver são os mesmos por trás da “Crescer Eirelle”, que estaria predestinada a ganhar a nova licitação. “Ouvi o comentário de um diretor aqui da SMS de que não concordava com a ordem da secretária para dar uma segunda chance para o pessoal da empresa Viver Sistemas, pois haviam aberto uma nova empresa e que agora estava tudo pronto para liberar o edital de licitação e que estava tudo certo para eles ganharem”, diz.
O autor da denúncia afirma também que na internet não existe uma única menção à qualificação da empresa Crescer. “E não encontramos simplesmente nada, nenhum sistema, nenhuma referência a sistema”. Ele diz que telefonou para o telefone de contato da Crescer e que foi orientado a buscar mais informações no site www.vivver.com.br, ou seja: com o mesmo nome da empresa que teve o contrato rescindido em Goiânia.