Transformada em alvo principal das manifestações, a presidente Dilma Rousseff esperneia para encontra uma porta de saída para o forte processo de desgaste em que se meteu.
O desespero é tamanho que , nesta quarta-feira, Dilma está lançando, pessoalmente, um “canal de diálogo” para discutir políticas públicas relacionadas aos jovens e ampliar a participação desse público.
Na verdade, é um arremedo de rede social, com o nome de Observatório Participativo da Juventude, que estava em desenvolvimento havia dois anos, mas teve o lançamento anunciado no fim de junho, após a intensificação das manifestações ocorridas em todo o País.
Pelo site, a Secretaria Nacional de Juventude, responsável pelo projeto, espera criar um ambiente de produção e divulgação de conteúdo, além de debates sobre a temática juvenil e avaliações das políticas públicas adotadas. Segundo a secretaria, o objetivo é que jovens não ligados a movimentos sociais tenham um espaço de participação. Qualquer internauta poderá sugerir temas e postar conteúdo na plataforma, integrada com redes sociais.
Mas, na avaliação do cientista político Eduardo Brito da Cunha, professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), ouvido pelo jornal O Estado de S. Paulo, abordagens desse tipo, em vez de aproximar, podem afastar os jovens. “O site tem um conteúdo chapa-branca e os interlocutores vão perceber isso.”
Para ele, o governo deveria estar atento aos ambientes e redes sociais onde os jovens estão habituados a conversar. “O governo tem que ir ao espaço apropriado e não esperar que o público se desloque”, diz.
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