sexta-feira , 26 abril 2024
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Sindicatos se reúnem com deputados e pedem mudanças na proposta de Caiado para reforma da Previdência

O Fórum Estadual em Defesa do Serviço e Servidores Públicos do Estado de Goiás se reuniu nesta terça-feira, 29, com os deputados Cláudio Meirelles (PTC), Delegada Adriana Accorsi (PT) e Major Araújo (PSL) para debater a proposta da reforma da Previdência enviada pelo Governo à Assembleia Legislativa de Goiás.

Cerca de 15 sindicatos foram representados no encontro articulado por Meirelles e Accorsi. Na ocasião, o Fórum apresentou os principais pontos de discordância com a proposta. O principal deles, de acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, é o artigo que acaba com os quinquênios dos servidores públicos.

“É um jabuti lá dentro. O artigo 95, quando revoga o inciso 19, onde consta a instituição dos quinquênios, está acabando com o quinquênio dos servidores, não está só discutindo reforma da Previdência. Nós não podemos aceitar isso. A situação é extremamente crítica. O Governo precisava pelo menos discutir isso com as categorias. “Estamos aqui para pedir que os deputados nos ouçam e não saiam votando assim”.

Os sindicatos questionam ainda os números apresentados pelo Governo. “O Governo apresentou uma série de números que nós estamos contestando, por exemplo o de que a média de idade de aposentadoria do servidor é de 48 anos. Isso não existe! Nós estamos pedindo ao Dieese para fazer esse levantamento, porque fica parecendo que nós servidores públicos é que levamos o Estado a essa situação de dificuldade, e não é. Nós só trabalhamos. Fica parecendo que nós ganhamos supersalários. Olha lá quanto é o salário de um professor. Nós vamos mostrar isso para a sociedade”, afirmou Bia.

O presidente da União Goiana dos Policiais Civis (Ugopoci), José Virgílio, disse que para os servidores em geral a reforma é muito ruim, mas para a Polícia Civil, é péssima. “Ela nos deixa a mercê da regulamentação do que vier do Governo Federal, que já não atende as nossas expectativas. Nossa entidade já encaminhou um ofício nominado a cada deputado dessa Casa, que são da Polícia Civil, e também para o Major Araújo, da PM, que nós precisamos do apoio para mudar algumas coisas nesse projeto que são muito ruins. O servidor não pode pagar a dívida que o Estado criou por falta de gestão, por incompetência, por desvios de verba”, declarou.

A deputada Adriana Accorsi avalia que a proposta enviada pelo Governo não retira privilégios, ao passo que penaliza os servidores. “Retira quinquênios, aumenta alíquota, aumenta o tempo de contribuição e o tempo de trabalho. Nós queremos debater e entendemos, sim, que o Estado precisa economizar, mas ela penaliza muito os servidores. Vamos apresentar emenda para que a Polícia Civil tenha respeitada a aposentadoria especial. De acordo com essa proposta, em de vez trabalhar, em média 50 anos, vamos trabalhar até 65 ou mais”, esclarece.