quarta-feira , 24 abril 2024
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Denúncia grave: cineasta defende valorização do cinema goiano e fala de censura velada de Caiado em Goiás

Diretor, roteirista e produtor audiovisual, Cristiano de Oliveira Sousa defendeu a valorização do cinema goiano e falou de censura velada de Caiado em Goiás, em discurso nesta noite na Assembleia durante sessão especial em comemoração ao Dia Mundial do Cinema, celebrada anualmente em 5 de novembro.

Ele lembrou que o tema da redação do último Enem foi A Democratização do Acesso ao Cinema. “Como chamar milhões de jovens a pensar a democratização do acesso ao cinema se já estamos vivendo uma época de censura velada neste país? ”, questionou.

O cineasta denunciou que, a cada dia que passa, editais e concursos em Goiás estão passando por censura velada, excluindo o diferente e o que vai de encontro à velha política.

“Centenas de projetos no Estado são excluídos sem resposta, na forma de uma censura velada. Pessoas que passam pelos processos legais e burocráticos estão sendo deixadas de lado sem explicações e motivos. Não queria defender o óbvio aqui, mas passamos por tempos escuros e malcheirosos, que deveriam ter sido excluídos da nossa história”, criticou Cristiano.

Por fim, o roteirista defendeu que o cinema ajuda a população a deixar de ser gado e o torna um cidadão de fato, com pensamento crítico e de difícil alienação, e que é preciso ao profissional do audiovisual não se vender e não se render a essa caça às bruxas e à velha política, na qual quem é amigo do rei leva.

“A maior riqueza do Brasil é sua diversidade cultural e sua pluralidade. Queremos respeito e dignidade. É preciso continuar a fazer filmes em Goiás e não ter que sair do Estado para viver de cinema. O Brasil é o terceiro mercado mais lucrativo do mundo e é preciso respeitar nossa arte. Nos deixem trabalhar em paz e incentivem a cultura”, pediu.

Ele discursou na sessão especial desta terça-feira, 5, para homenagear 57 cineastas goianos em comemoração ao Dia Mundial do Cinema, celebrado anualmente em 5 de novembro. A propositura é de autoria da deputada Adriana Accorsi (PT).