Distante dos grandes meios de comunicação, Anápolis acaba sofrendo duas vezes: nas macas dos postos de saúde e na falta de visibilidade do caos que está a saúde. Não se encontra médicos no município, reclamam moradores.
Pelo menos dez especialidades não têm um único representante na cidade e a Prefeitura não consegue atrair novos profissionais. A suspeita é de que o atendimento de saúde do município está pior do que em Goiânia. Até porque inúmeros anapolinos preferem vir para a Capital a serem atendidos na ‘Manchester’ goiana.
Mas o mais grave tem sido a falta de estrutura. O Ministério Público exigiu do prefeito Antônio Gomide (PT) satisfação quanto a precariedade da unidade básica de saúde situada no Bairro Vila Esperança – que seria só um exemplo do descalabro que vive hoje a cidade.
O município firmou compromisso de que vai fazer o dever de casa. Se não fizer, o MP vai na Justiça e as consequências podem ser graves. O compromisso foi assumido no dia 11 em uma reunião entre o promotor de Justiça Marcelo Henrique dos Santos, da Curadoria de Saúde de Anápolis, e representantes dos dois órgãos.
A Vigilância Sanitária e MP constataram inúmeras inadequações na unidade de saúde e disseram o que deve ser feito. Só para listar algumas: reforma da unidade de saúde, construção de fluxo específico de esterilização após término da reforma, realização de curso de capacitação direcionado a todos os profissionais de saúde que integram as unidades básicas de saúde do município – parte significativa dos servidores de saúde não sabe o que é saúde, constataram.
Também deverá ser feito o encaminhamento de todas as plantas de construção/reforma e ampliação de unidades à Vigilância Sanitária, que deverão ser previamente avaliadas por profissionais da Visa de Anápolis.
“Se em Goiânia, que o prefeito é médico, está um caos. Imagina em Anápolis!”, disse um morador revoltado que pede para que as mídias de Goiânia não se esqueçam de mostrar as mazelas de Anápolis. Tá mostrado.
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