segunda-feira , 23 dezembro 2024
Goiânia

Escândalo no governo Caiado: comandante dos Bombeiros e mais cinco são afastados por suspeita de corrupção

O Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás (CBMGO) afastou temporariamente o comandante geral da corporação, coronel Dewilson Adelino Mateus, e mais cinco militares citados em denúncia da Operação Desconformidade do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás (MP-GO).

Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que a decisão toma por base a postura de transparência da corporação e tem por objetivo trazer ainda mais independência e credibilidade à investigação na qual os nomes dos bombeiros militares são mencionados. “Desde o início das investigações, a corporação se colocou voluntariamente à disposição das autoridades, colaborando e prestando as informações necessárias ao esclarecimento das denúncias”, diz.

“O Corpo de Bombeiros Militar reitera seu estrito compromisso com a transparência e com os parâmetros legais impostos pelo Estado de Direito, repudiando veementemente desvios de conduta ou atividades que possam ferir os princípios da legalidade e da moralidade que venham a ser cometidos quando do exercício das suas atividades”, afirma trecho do comunicado.

Com o afastamento, a Corporação está sem comandante geral, já não foi designado um substituto até o momento. No entanto, segundo o CBMGO, os serviços continuam sendo prestados normalmente à sociedade. Os outros militares afastados são: coronel Anderson Cirino, major Nériton Pimenta, tenente coronel Hélio Loyola, capitão Sayro Geane e subtenente José Rodrigues Sobrinho.

O caso 

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás (MP-GO), com apoio da Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO), realizou nesta terça-feira, 19, a Operação Desconformidade, destinada ao combate de fraudes na certificação de segurança contra incêndio e pânico emitida pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBM-GO).

O esquema criminoso, formado por bombeiros militares, incluindo membros do alto comando da corporação, ocupa-se em burlar o regramento normativo, concedendo Certificados de Conformidades (Cercons) para empresas e empresários que não cumpriam as normas e protocolos de segurança, colocando vida e patrimônio da coletividade em grave e iminente risco.

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