segunda-feira , 25 novembro 2024
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Interdição da GO-060 força estudantes a enfrentarem mato, buraco, lama e escuridão em Iporá

Estudantes da Faculdade de Iporá, do Instituto Federal (IF) e do campus da Universidade Estadual de Goiás (UEG) no município enfrentam mato, lama, buracos e escuridão para chegar à sala de aula em função do rompimento de um bueiro no km 210 da GO-060, no dia 24 de fevereiro – que provocou a interdição da pista. Desde a última segunda-feira, primeira semana depois do feriado de Carnaval, cerca de 200 alunos levam aproximadamente 20 minutos para cumprir o trajeto de 400 metros – sujeitos a riscos e perigo. A Agência Goiana de Infraestrutura (Goinfra) diz que um desvio está em construção, mas não informa quando ele será entregue à população – apenas que será “em breve”. A informação é do site Mais Goiás.

Ao Mais Goiás, uma aluna de Psicologia que estuda em Iporá, mas reside em Jussara (a 130 km de distância), conta que o ônibus que transporta ela e outros colegas da mesma cidade os deixa em um ponto muito próximo ao bueiro que se rompeu. Todos são obrigados a percorrer o caminho de terra e pouca iluminação para pegar outra condução, que os leva para universidade. Eles passam por uma ponte improvisada e precisam andar sobre uma tábua, que não está firme. Há cerca de 16 dias, o Mais Goiás publicou a notícia de que estudantes de Israelândia e São Luís dos Montes Belos enfrentam drama semelhante em outro local desta mesma GO-060, por causa de um atoleiro. Lá, o percurso é de quase 1 km.

Perigo
A aluna que conversou com a reportagem diz que o perigo da travessia reside, sobretudo, na falta de iluminação. “A situação é crítica mesmo. Há risco de as pessoas caírem do barranco. Tem muitos buracos no mato e o local é íngreme e escorregadio”, afirma.

Segundo a estudante, o drama aumenta quando chove no local. “Fica impossível de passar porque faz muita lama. Eu mesmo não vou mais para a faculdade essa semana porque é a situação é complicada. Ontem (terça-feira, 3) uma mulher caiu ao tentar fazer essa travessia e por sorte não teve ferimentos graves”.

“O problema é grave e precisamos de outra alternativa”, complementa. “Não podemos perder aula e nem correr riscos para estudar. O bueiro se rompeu há 20 dias e até o momento não há previsão para arrumar tudo de forma devida. Está complicado”.