Apesar do esforço do governo Caiado em classificar a decisão da empresas Creme Mel e Mabel de sair de Goiás como gesto isolado e até mesmo resultado de estratégias das empresas, a transferência das plantas de indústrias do estado para outras unidades federativas representa muito mais do que supostamente parece.
Trata-se da ponta do iceberg de incertezas e insegurança que a política de incentivos fiscais de Caiado causam no empresariado. Em todo o mundo, empresários procuram ambiente seguro que garantam competitividade. Em Goiás, o clima pesou depois que Caiado tomou posse e começou rediscutir os benefícios fiscais sem qualquer diálogo com o setor empresarial.
A Unilever foi a primeira vazar. Outras grandes empresas, como a Creme Mel e Mabel, agora seguem o mesmo roteiro e também abandonam estado, deixando de gerar milhares de empregos diretos e indiretos.
A desindustrialização da economia de Goiás é o resultado desastroso do cavalo de pau dado por Caiado na bem sucedida política de atração de indústrias que vigorou por mais de 20 anos anos em Goiás.