O presidente Jair Bolsonaro vai se reunir na quinta-feira (21) com governadores para debater o projeto de lei de socorro a estados e municípios.
Bolsonaro afirmou na semana passada que vai ouvir os representantes estaduais para decidir se vai vetar ou não o trecho que abre exceções para o congelamento de salários no serviço público. O tema não é consenso entre os governadores.
A proibição do reajuste para todas as categorias, como defende o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem o apoio do governador Eduardo Leite (PSBD-RS). O tucano comentou sobre o tema no Twitter:
“Consta que na reunião prevista para quinta-feira, entre o presidente da República e governadores, seremos questionados em relação ao veto à possibilidade de reajustes salariais para servidores públicos. Se isso acontecer, manifestarei meu apoio a esse veto”.
Já o governador Gladson Camelli (PP-AC) se manifestou contrário ao veto e defendeu as exceções do congelamento estabelecidas pelo Congresso. “Contra. Defendo saúde e segurança”, afirmou ao Congresso em Foco.
O governador Wellington Dias (PT-PI) também falou sobre a reunião ao site, mas evitou defender ou criticar a sugestão de veto.
“A decisão de sancionar sem veto ou de vetar é própria do presidente. A decisão por ele adotada, nós governadores vamos cumprir. O mais importante para o Piauí e para o Brasil é sancionar logo é pagar imediatamente”.
“O texto é fruto de acordo no Congresso e, exceto esta parte dos servidores que o Congresso não negociou com o governo federal, o restante do texto foi acordado com o ministro Paulo Guedes e líderes do Governo na Câmara e Senado. A demora está levando a dificuldades para cumprir investimentos em andamento para evitar colapso e pode levar a atraso na folha de pagamentos de vários Estados e municípios”, completou.
Bolsonaro tem até a quinta, data da reunião, para decidir sobre os vetos, se não sancionar até esta data, a matéria passa a valer automaticamente do jeito como foi aprovada pelo Poder Legislativo.
A matéria dá para as unidades da federação um pacote de R$ 60 bilhões. Em troca, as autoridades locais terão que congelar os salários no serviço público por um ano e meio. No entanto, diversas categorias, com o apoio do governo, foram excluídas da suspensão de promoções pelo Congresso.