Retomar e reforçar a principal vocação econômica do município. Com essa meta, a Prefeitura de Anápolis acelera procedimentos para a formulação do Plano de Gestão Ambiental do Polo Industrial e Tecnológico de Anápolis (Politec). Trata-se de requisito legal obrigatório para o licenciamento do empreendimento, cujo projeto prevê a oferta de aproximadamente 170 lotes, com área de 1,2 mil m² cada, para a instalação de empresas de base tecnológica ou que não gerem volumes significativos de resíduos sólidos e efluentes líquidos e gasosos.
No último sábado, 30, o secretário municipal de Desenvolvimento e Inovação, Anastacios Apostolos Dagios, acompanhou in loco mais uma etapa dos estudos de campo. Na ocasião, foram realizados os primeiros levantamentos de campo para a caracterização técnica do meio físico – aspectos de geologia, solos, geomorfologia, hidrologia, entre outros –, e do meio biótico, com a catalogação de espécies de plantas e animais.
O trabalho em questão teve a participação de equipe multidisciplinar formada por geólogo, cartógrafo, geógrafo, biólogo, engenheiro, arquiteto e economista, que contaram com o apoio técnico-operacional de um drone para contextualizar de forma mais ampla, detalhada e precisa todas as características do terreno por meio de imagens aéreas.Também estiveram presentes técnicos da Prefeitura encarregados do licenciamento e de duas representantes da Comissão de Meio Ambiente da OAB.
Projeto – Com foco em empresas de matrizes tecnológicas ou cujas atividades não impliquem na geração em volumes significativos de resíduos sólidos e efluentes líquidos e gasosos, o projeto do Politec também estabelece o compromisso de as indústrias realizarem o tratamento do seu esgoto sanitário por meio de evapotranspiração e de instalar células fotovoltaicas em seus telhados, de forma a mitigar a demanda por energia elétrica.
Além disso, as empresas também deverão oferecer vagas de emprego exclusivas para trabalhadores portadores de necessidades especiais (PNE), idosos e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. O projeto ainda prevê APP (Área de Preservação Permanente) de 200 metros, a aplicação de técnicas como swale – em geral, canais rasos com leves inclinações nos lados – para garantir a infiltração das águas pluviais no solo, e de tecnologias para reduzir o impacto ambiental na área.
Parte dos tributos arrecadados junto às empresas instaladas no Politec será aportada no Tesouro Verde Municipal, fundo estruturado especialmente para oferecer pagamento por serviços ambientais para os produtores rurais instalados na APA do Rio Piancó que substituírem a agricultura e a pecuária tradicionais por práticas sustentáveis que não demandem aplicação de agrotóxicos e irrigação.
A criação de um espaço com perfil tecnológico associado e amplamente sustentável é objetivo do prefeito Roberto Naves desde sempre, proposta, inclusive, em seu plano de governo. E a razão é simples: tem caráter inovador e incorpora os mais consagrados recursos para garantir compensações econômica, fiscal, social e ambiental, mitigando eventuais impactos e colocando Anápolis em posição de vanguarda.
Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Anastacios Apostolos Dagios, a implementação do Politec, além dos aspectos técnicos citados, terá impacto muito positivo no município no pós-pandemia. “O mundo e as relações serão outras, com a necessidade de se criar alternativas de ocupação, emprego e renda. Assim, Anápolis sai à frente com o a criação e instalação do Politec”, explica.