O poeta goiano José Décio Filho, irmão de Dom Tomás Balduíno, escreveu um belo poema sobre um lobo-guará, também chamado de lobo do cerrado, cuja espécie agora foi escolhida para ilustrar a nota de R$ 200,00 que será lançada pelo Banco Central.
O texto sobre o lobo-guará foi publicado no livro “Poemas e Elegias”, editado de 1953, vencedor do Prêmio Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos.
Por uma dessas coisas inexplicáveis da vida, Zé Décio foi nomeado Diretor do Zoológico de Goiânia. Logo ele, um vate soturno que não tinha nenhum tino administrativo, dirigindo um zoo com a caneta de poeta em riste.
Como administrador do zoo, Zé Décio se afeiçoou a um lobo-guará, com o qual desenvolveu uma relação paternal e a quem visitava todas as tardes.
Um dia, o poeta deparou-se com o animal morto e dedicou a ele o poema intitulado “Epitáfio de um lobo”, sem dúvida um dos textos mais representativos da veia poética deste autor hoje esquecido, mas um gigante das letras em Goiás e no Brasil.
Leia a íntegra do texto de Zé Décio sobre o lobo-guará, que ele enxergava como “irmão de São Francisco e portador de estranhas gentilezas”: