O pré-candidato a presidente da OAB-GO Rafael Lara Martins afirma que o grande desafio da Ordem para o pós-pandemia é ser uma entidade “amiga” dos advogados. “Não uma ordem assistencialista, mas parceira e que vai ajudar o advogado a trabalhar. Uma ordem mais amiga – e eu gosto desse termo, porque é o amigo que ajuda nas horas mais difíceis”.
Para explicar como a OAB pode ser mais “parceira” dos advogados, Rafael Lara cita as mudanças nas regras de publicidade para os profissionais do Direito. O novo provimento começou a ser analisado no dia 17 de junho, em reunião do Conselho Federal da OAB, e continuará a ser apreciado em conferência marcada para o dia 28 deste mês. Entre as mudanças, estão: 1) a redução das restrições para publicidade nas redes sociais e o uso de Google Ads; 2) maior flexibilidade quando se tratar de divulgação de conteúdos jurídicos e técnicos; 3) permissão para que advogados façam lives nas redes sociais e vídeos no YouTube, além de usar ferramentas tecnológicas, como o chatbot.
Rafael Lara diz que o seu compromisso se ampara em um conceito: o de fomentar uma “OAB que incentiva, e não que amordaça a advocacia pulsante”. Na opinião dele, os advogados serão imprescindíveis para reconstrução do País no pós-pandemia.
“Estamos vivendo um momento difícil para advocacia. Talvez o mais difícil da história. Estamos vivendo uma curva de história em decorrência da pandemia em que nossos colegas estão com dificuldade até de receber os honorários dos clientes. Seja por falta de dinheiro, por falta de pontualidade, de condições. Isso tudo é afetado por diversas questões. Não só pela tecnologia”, analisa o pré-candidato. Diante das dificuldades, Lara considera fundamental, por exemplo, que a OAB cobre a redução das custas judiciais.
“Não é mais possível tolerar custas judiciais que muitas vezes fazem os clientes desistir dos processos. Temos valores de custas em Goiás em que o cliente olha e fala: doutor, ou eu pago as guias de custos ou eu pago os honorários. Isso tem que ser combatido”, diz.
