terça-feira , 5 novembro 2024
Goiânia

Tribunal do Júri em Goiás condena homem por tentativa de matar sua enteada em 2020

Tribunal do Júri em Goiás condena homem por tentativa de matar sua enteada em 2020 (Foto: Divulgação)
Tribunal do Júri em Goiás condena homem por tentativa de matar sua enteada em 2020 (Foto: Divulgação)

Denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), Marco Antonio Ramos da Silva foi condenado pelo Tribunal do Júri da comarca de Goiás a 10 anos e 9 meses de prisão, em regime fechado, pela tentativa de feminicídio cometida contra sua enteada. O corpo de jurados considerou o réu culpado pelo crime, acolhendo a sustentação feita pelo promotor de Justiça Leonardo Seixlack Silva.

O crime ocorreu em dezembro de 2020, após uma discussão motivada pelo fato de o condenado não aprovar um relacionamento da vítima. Consta na denúncia que, no dia 19 daquele mês, Marco Antonio desferiu socos contra a jovem, apertando também seu pescoço, agressão que só foi cessada com intervenção da mãe e do irmão da vítima.

No dia 23 daquele ano, a discussão aconteceu novamente, desta vez no local de trabalho do condenado. A vítima, então, decidiu ir para casa, e o réu afirmou que a levaria. No caminho, o homem pegou uma marreta que estava no veículo e golpeou a jovem na cabeça, mesmo após ela sair do carro. O tempo todo ele dizia que a mataria.

A vítima foi levada ao hospital, onde ficou internada, e a polícia foi acionada. Foram constatadas diversas fraturas no crânio. O réu fugiu após as agressões, acreditando que a teria matado, e ligou para a mãe da jovem confessando o crime.

Na sentença, o réu, já qualificado por feminicídio na forma tentada, também foi condenado pelo crime de lesão corporal qualificada pela violência doméstica.

Acusação contou com assistência de equipe da Universidade Federal de Goiás

Devido à situação de vulnerabilidade social da vítima, o Ministério Público atuou na acusação em parceria com o Núcleo de Prática Jurídica da Universidade Federal de Goiás (NPJ/UFG), Campus Goiás, que prestou atendimento jurídico à vítima e à família desde o início do processo.

Atuaram como assistentes de acusação Allan Hahnemann Ferreira e Cleuton César Ripol de Freitas, advogados e professores da universidade; Diogo Jorge Marques Medeiros e Vilmar de Almeida Coelho Filho, ex-alunos e advogados colaboradores voluntários do NPJ. Compuseram a equipe de acusação também Nathália Lemes Toledo Bernardino, Letícia Garces de Souza, Viviane da Silva Pires, Cleidemar Cesario Marques Filho, Marcelo Henrique Barbosa da Silva e Carolina Batista, professores da UFG.

Durante o processo, o MP dialogou com a comunidade para compreender o contexto de violência de gênero na cidade. Representantes do Coletivo Feminista G-SEX, da UFG Campus Goiás, que atua na área de Gênero, Direitos Humanos, Sexualidade e Educação Feminista, também participaram da discussão.

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