O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, criticou nesta quinta-feira (9) a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, de aumentar a taxa básica de juros, Selic, em 1,5 ponto percentual.
“A alta da Selic inibe o consumo provocando aumento do custo do financiamento e desestimulando a demanda, o que prejudica as empresas que ainda enfrentam os graves efeitos econômicos da pandemia. Estão empurrando a economia para o buraco”, afirmou.
Segundo o presidente da Fieg, o desempenho do PIB atesta o quadro adverso da atividade econômica no país. “Turbinar a Selic agora é um desastre para a economia, quando o Banco Central deveria fazer o contrário para evitar o quadro de aumento inflação e recessão”, ponderou.
“Como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) já se manifestou, um aumento menos intenso da Selic, em conjunto com as elevações anteriores, já seria mais que suficiente para levar a inflação até a meta, sem que o Banco Central aumentasse a probabilidade de recessão”, disse, lembrando que este é o sétimo aumento expressivo da Selic.
Mabel sublinhou que o aumento dos juros está na contramão do bom senso e que as empresas serão punidas. “Em vez de ajudar, o governo está atrapalhando a retomada da economia com políticas esdrúxulas e totalmente divorciadas da realidade”, finalizou.