Errado ele não está. Caiado (UB) foi quem mais trabalhou contra o projeto do presidente Jair Bolsonaro (PL), sobre a redução do ICMS dos combustíveis, e quando viu que não tinha mais jeito, se apressou em pular logo para dentro do barco, traindo assim os governadores que entraram na justiça, com a assinatura do procurador de Goiás, pedindo uma liminar contra a decisão do presidente.
O rei da traição
Caiado se elegeu na onda Bolsonaro. No início do governo era “só love”. Depois traiu Bolsonaro durante a crise da Covid-19. Os bolsonaristas não perdoam a história de dar guarida para o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, dentro do palácio para criticar Bolsonaro em entrevista ao Fantástico da TV Globo. O caso do “não preciso do seu voto” na praça Cívica, selou o rompimento. Depois Caiado, como se nada tivesse acontecido, tentou se aproximar novamente, tomou vaias em Rio Verde.
Na questão do ICMS, segundo o jornal O Popular, chegou a vazar um áudio do governador aos deputados goianos, criticando o projeto de redução do imposto proposto por Bolsonaro. Quando a Câmara aprovou, ele mudou o tom e disse que lavava as mãos, porém nos bastidores articulava com os governadores para derrubar a proposta com liminar na justiça. Quando o projeto foi aprovado no Senado, Caiado seguiu o governador de São Paulo, antecipou-se no que já era lei e saiu dizendo que ele era o pai da criança. Traiu os governadores. O clima está horrível entre eles.
Por isso, o deputado Vitor Hugo, pré-candidato a governador, saiu em defesa de Bolsonaro. Lembrou que este é um projeto federal, que Caiado sempre foi contra, mas que agora tenta tirar proveito e surfar na onda, assim como fez durante a pandemia. “Oportunista, não engana ninguém mais”, escreveu Vitor Hugo no Twitter, veja;
Conhecemos já esse perfil de político profissional… oportunista… não enganam ninguém mais… grandes decepções da política brasileira, durante a pandemia e agora no esforço de recuperação econômica…
— Vítor Hugo (@MajorVitorHugo) June 29, 2022