Distante dos holofotes, o deputado federal Luciano Bivar contempla a ‘sabichice’ de Caiado virar bicho e o devorar lentamente. O que era para ser um passeio grego, virou cavalo de Troia e pegou Caiado com as calças na mão.
Um dia antes do luxuoso passeio, em 1º de setembro, Caiado vestiu uma blusa com a propaganda da Ignite, marca de cigarros eletrônicos, produtos proibidos no Brasil, em um evento em Bela Vista de Goiás (GO) para lançar uma linha de bebidas alcoólicas com o cantor Gusttavo Lima, na época já investigado por envolvimento com a quadrilha de uma casa de apostas online.
Os laços entre o sertanejo e o casal dono de uma bet, que é procurado pela polícia, foram vistos como suspeitos pela justiça pernambucana, que acabou pedindo a prisão provisória do cantor. Buscas foram realizadas em seu escritório em Goiânia e uma aeronave foi apreendida.
Gusttavo Lima teve a prisão revogada no final da tarde desta terça-feira (24), mas continua investigado.
Um problema para Caiado, que se diz pai da moralidade, mas que ao lado de Nunes Marques, ministro do STF, não entregaram o casal foragido na embaixada brasileira na Grécia. Pelo contrário, Caiado disse que aconselhou que eles fossem embora do iate luxuoso onde todos se encontravam na festa particular de Gusttavo Lima.
Um problema gigantesco para quem se apresenta como candidato a presidente da república e em nome desse devaneio chegou a atacar violentamente o deputado pernambucano Luciano Bivar em maio, durante uma disputa interna violenta no União Brasil. Eis que do Pernambuco, terra do ex-presidente do partido, vem o calvário de Caiado.