Fato
• Na madrugada deste sábado (26), Maria Ayla, de apenas 1 ano, faleceu após sofrer uma parada cardíaca.
• A menina era uma dos 29 pacientes de alta complexidade que dependiam de atendimento domiciliar, mas tiveram os serviços suspensos devido à falta de pagamento da Prefeitura de Goiânia à empresa Transmédica, contratada para prestar esse suporte.
• A dívida chega a mais de 3 milhões de reais, por conta de cinco meses sem pagamentos. A prefeitura carrega essa culpa.
Suporte suspenso
• Sem o suporte técnico, Maria Ayla, portadora da Síndrome de Moebius e dependente de respirador, contava apenas com os cuidados dos pais, que precisavam ministrar medicamentos e realizar procedimentos como a limpeza da traqueostomia, normalmente realizados por profissionais.
• A família acredita que a morte de Maria Ayla, possivelmente, poderia ter sido evitada se ela estivesse sido assistida por um profissional.
• Fonoaudiologia, fisioterapia e o atendimento técnico de enfermagem foram os serviços paralisados.
Atrasos
• A Transmédica declarou que os “reiterados e insuportáveis atrasos” nos repasses por parte da prefeitura inviabilizaram a continuidade do atendimento.
• A Prefeitura de Goiânia e a Secretaria Municipal de Saúde ainda não se manifestaram.
Diante da tragédia, ficam as perguntas: “quem vai velar por Maria? O que dirá o Ministério Público de Goiás? Quantas crianças precisarão morrer para que alguma coisa seja feita?”