Insegurança e medo
- A criação de uma verdadeira indústria das multas, gerida pelo prefeito Sandro Mabel, tem gerado revolta e preocupação principalmente entre motoristas de aplicativo, motociclistas e entregadores. Desde que as novas câmeras de fiscalização começaram a operar pela cidade, o sentimento entre os trabalhadores é o mesmo: medo e insegurança.
Destruição do trabalho
- O G24H esteve com o motorista de app Thiago Rogério e conseguiu ver de perto a realidade de quem trabalha com aplicativos de transporte de passageiros. “Recebo uma corrida, e se eu aceitar, mesmo com o carro parado no semáforo, posso ser multado. Se eu recusar, também. O carro está parado, mas só de tocar no celular, já posso levar uma multa de quase R$ 300. Isso representa um dia inteiro do meu trabalho indo embora”, desabafou.
Multas em massa
- Desde a implantação do novo sistema de monitoramento, que espalhou dezenas de câmeras pela cidade, milhares de multas já foram aplicadas sem critérios claros e sem diálogo com as principais categorias afetadas. Tem sido divulgado por aí que cerca de 4,7 mil multas já foram emitidas via Centro de Controle Operacional (COO). O curioso é que o órgão ainda não estaria em pleno funcionamento. O G24H quer saber: onde estão essas multas? A população quer saber a verdade.
Sem flexibilização
- Enquanto os trabalhadores se desesperam com a indústria da multa, a Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SET) tem adotado uma postura de autoritarismo: não haverá flexibilização, e a recomendação é que os motoristas parem o carro para usar o celular — mesmo que estejam parados no trânsito ou com o celular acoplado no painel.
- “O novo sistema está acabando com o trabalho das pessoas. Como vamos trabalhar se não podemos operar a plataforma que nos dá sustento?”, questionou o motorista Thiago.