As especulações em torno de uma eventual filiação do reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira, ao PMDB suscitam uma dúvida: será que os deputados, prefeitos e vereadores que militam há tanto tempo no partido topariam entregar o comando a um cristão-novo? A pergunta foi feita pelo jornalista Ivan Mendonça, um dos mais experientes analistas políticos do Estado, em programa que ele apresenta na Rádio Mil.
A resposta, como o próprio Ivan insinuou, é não.
Consegue o leitor imaginar a deputada federal Dona Iris, no alto de sua soberba, acatando ordens ou pedindo votos para Madureira. Ou Pedro Chaves, que constituiu uma espécie de poder paralelo na região Norte do Estado? Ou o clã Vilela, formado por Maguito, Leandro e Daniel, cada vez mais independente e alheio ao PMDB?
É difícil imaginar um cenário desses, ainda mais porque no PMDB todos sonham em herdar o espólio de Iris. A briga antecipada pela sucessão coloca, inclusive, em campos quase opostos Daniel Vilela, Samuel Belchior, Waguinho Siqueira e Bruno Peixoto.
A experiência e os antecedentes sugerem imaginar que Madureira seá engolido impiedosamente, assim como ocorreu recentemente com Vanderlan Cardoso e Henrique Meirelles.