Em qualquer roda política ou entre analistas da imprensa, é consenso que o barulho da oposição deverá abafar a movimentação da bancada governista na nova Assembleia Legislativa que começará a funcionar a partir de 15 de fevereiro próximo.
Mas, mesmo antes de empossados nos seus mandatos, os deputados de oposição já estão ocupando o noticiário político e apresentando uma amostra do que vem por aí.
Nesta quinta, o deputado eleito José Nelto, do PMDB, ganha uma página e uma manchete de primeira página no Diário da Manhã com a sua “proposta” de extinção do Tribunal de Contas dos Municípios. Claro, a oposição não tem – nem de longe – vantagem numérica no plenário da Assembleia para impor decisões e está destinada a perder todas as votações. Mas o Poder Legislativo não é feito só de votações. A zoeira que se produz ali, muitas vezes, é até mais importante e repercute mais que a definição sobre projetos ou matérias.
A banda de música de oposição na Assembleia deverá ser regida por quatro maestros: Adib Elias, José Nelto e Ernesto Roller, do PMDB, e Luis Cesar Bueno, do PT – todos parlamentares experientes, bons de discurso e bem articulados quanto ao falatório e às manobras em plenário. Na situação, o panorama é desolador: não há estrelas. Vão ser dias de fogo para o governismo.
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