O vereador Anselmo Pereira (PSDB) ainda nem esquentou a cadeira da presidente da Câmara Municipal e já começou a incorporar trejeitos que ele, até pouco tempo, condenava em seu antecessor Clécio Alves (PMDB).
Talvez tomado de assalto pelo tédio, Anselmo comprou briga com a Polícia Militar. O vereador não aceita que a PM remaneje soldados que trabalhavam na Casa para outras regiões da Capital que demandam mais – bem mais – a presença de forças de segurança do Estado. “O comandante-geral Silvio Benedito cometeu um desatino: mandou recolher os policiais que tem na Câmara. Recolher, sem avisar o presidente, é um desrespeito. Cada um no seu quadrado”, disse o tucano à coluna Xadrez, do jornal O Hoje, desta quinta-feira.
É vaidade que não se mede e não se justifica. Qual a necessidade de se desperdiçar mão-de-obra da PM nos corredores da Câmara, por onde circulam apenas cabos eleitorais a cobrar sinecuras, remédios e outras faturas de campanha?
Lugar de polícia é na rua, e não nos ambientes climatizados do poder Legislativo Municipal. Anselmo, que há tantos anos frequenta a Casa, já deveria saber disso.
O pior de tudo é que, quando assumiu a presidência da Câmara, o vereador fez um discurso cujo tom pacificador encheria até o Papa Francisco de inveja. Balela, pelo visto.