quarta-feira , 20 novembro 2024
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Site da Câmara é mesmo uma carroça: de acordo com ele, Tayrone di Martino ainda é assessor de Paulo Garcia

Lá se vão dois anos e meio desde que o jornalista Tayrone di Martino deixou a assessoria do prefeito Paulo Garcia (PT) e disputou, com sucesso, a eleição para Câmara de Vereadores de Goiânia. De lá para cá, Tayrone se afastou do prefeito e foi expulso do PT por ter votado contra o projeto de lei do Executivo que previa o aumento de IPTU. Hoje ele está sem partido, mas longe do antigo chefe.

O site da Câmara Municipal, que é uma verdadeira carroça, desconsidera as idas e vindas na trajetória do vereador. Quem abre o site e busca o catálogo de autoridades vai descobrir que Tayrone ainda consta como assessor da prefeitura no banco de dados do poder Legislativo (ainda que cargos de assessoria não mereçam ser tratados como “autoridade”).

Existe outra dezena de informações defasadas ou esdrúxulas – como esta – que fazem do site motivo de piada. Por exemplo: Antônio Palocci aparece como ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República. Jorge Hage está como ministro-chefe da Controladoria Geral da União (e, ainda por cima, com o nome grafado errado: Jorge HAJE). O ex-deputado Armando Vergílio é nominado secretário de Cidades do Estado, em que pese o fato de essa pasta nem existir mais e Armando estar rompido com o governo.

A verdade é que o portal (se é que esta geringonça merece tal designação) é o espelho da apatia em que mergulhou o poder Legislativo Municipal, o mais atrasado entre todos os entes do poder público em Goiás. Pouquíssimos recursos tecnológicos são utilizados pela Casa para investir os seus atos de maior transparência e muito pouco se sabe a respeito das licitações e dos gastos que lá são empenhados. Reina o obscurantismo.

Havia a expectativa de que a Câmara emergisse deste longo período de trevas com a defenestração de Clécio Alves (PMDB) e sua turma da mesa diretora, mas infelizmente o novo presidente, Anselmo Pereira (PSDB), tem primado pela preservação do status quo – em benefício de… sabe-se-lá-quem.

O cidadão não tenha dúvida de que há muito dinheiro escorrendo por este ralo.

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