A “reforma administrativa” anunciada pelo prefeito Paulo Garcia (PT), que é destaque nos jornais desta quinta-feira, não passa de uma cópia mal feita do enxugamento promovido pelo governador Marconi Perillo na estrutura do Estado. Não há, no projeto delineado pelo prefeito, nenhuma novidade ou resquício de criatividade.
O pior é que, por enquanto, não há também previsão para a data em que essa “reforma” será implantada na Prefeitura de Goiânia. No caso de Marconi, ele anunciou a reforma e daí a menos de 20 dias ela já estava sendo executada, a partir do início do seu quarto mandato, em 1º de janeiro último.
Seguindo o modelo criado por Marconi, o prefeito pretende concentrar várias das atuais secretarias municipais em”supersecretarias”, para supostamente atingir uma meta ridícula de redução de despesas de apenas R$ 72 milhões anuais.
Só que, por enquanto, nem Paulo Garcia nem ninguém no Paço Municipal sabem como esse objetivo será alcançado: não há ainda um cronograma de enxugamento administrativo, conforme o próprio prefeito admitiu na entrevista publicada nesta quinta-feira em O Popular.
Convém lembrar que a conversa de Paulo Garcia sobre uma”reforma administrativa” para conter despesas é antiga e, pelo menos até agora, sem nenhuma consequência prática.