sexta-feira , 10 janeiro 2025
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Quinta-feira negra: demissões de jornalistas veteranos, em O Popular, expõem a maior crise da história do principal e mais importante jornal de Goiás

Quatro jornalistas demitidos. Em princípio, um acontecimento normal e rotineiro em qualquer redação. Mas, como acabou acontecendo na redação de O Popular, inusitadamente às vésperas do feriado de Páscoa, a sinalização é de uma crise profunda que afeta o futuro do maior e mais importante jornal de Goiás.

Coincidência ou não, os quatro jornalistas demitidos tinham mais de 20 anos de carreira na redação de O Popular.

Não se pode dizer que é algo novo. Quando o tradicionalíssimo diretor de jornalismo de O Popular, por décadas, Luiz Fernando Rocha Lima, o Nando, foi afastado, já havia sinais de que a direção do Grupo Jaime Câmara estava insatisfeita com os resultados alcançados pelo jornal, com a circulação estagnada, faturamento em queda e total falta de identidade editorial.

O modelo concebido por Nando, que se empenhou em uma guerra contra o Governo do Estado (leia-se: Marconi Perillo), não foi longe.

Nando costumava dizer que o seu cargo, de diretor editorial de O Popular, era mais importante que o de governador. O Popular radicalizou e priorizou a sua cobertura política, atacando impiedosamente a classe política, esquecendo-se de que uma crise – mundial – estava a caminho, pressionando os jornais impressos diante do crescimento da comunicação acelerada via internet. O problema é que Nando nunca teve formação jornalística – foi cantor, na juventude, e piloto de carros de corrida.

O Popular está metido em um buraco. Para sair dele, ninguém sabe qual o caminho a seguir.

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