Em uma detalhada matéria do repórter Marcos Nunes Carreiro, na edição desta semana, o Jornal Opção afirma que o prefeito Paulo Garcia enterrou as finanças da Prefeitura de Goiânia com o aumento descabelado da folha de pagamento dos servidores, nos 5 anos da sua gestão.
Em 2009, último ano completo da gestão de Iris Rezende, a folha de pagamento anual dos servidores municipais foi de exatos R$ 946 milhões. Em 2010, quando Paulo Garcia assumiu em abril (com a renúncia de Iris para disputar e perder o Governo do Estado), a folha já saltou para R$ 1,19 bilhão anuais e continuou subindo sem parar, até chegar em 2014 a R$ 1,65 bilhão – ou seja, mais de 70% de crescimento descontrolado desde o primeiro ano de Paulo Garcia.
Para chegar a esse resultado, que consome toda a capacidade financeira da Prefeitura e deixa pouco mais que tostões para serem investidos em benefícios para a capital, Paulo Garcia patrocinou um festival de prodigalidades: supersalários na Comurg, aumento do número de secretarias municipais para 27 e inchamento do quadro de funcionários, que, segundo o Portal de Transparência da Prefeitura, em março último, chegou a 48.250 (número que, como quase tudo no tal portal, não confere com a realidade, já que a estimativa é que o município tenha hoje 60 mil funcionários, diz a reportagem).
O Jornal Opção observa que a maior parte dos gastos com o funcionalismo, totalizando 66%, direciona-se hoje para a Saúde, a Educação e a Comurg, justamente “os alvos mais frequentes de reclamação da população e, coincidentemente, os que estão paralisados por greves, no momento”. Ou seja: apesar de consumir a maior parte dos recursos, os servidores não estão satisfeitos com os seus salários.
Conclusão do semanário: dentre as cidades do seu porte, no Brasil, Goiânia é a que tem a menor taxa de investimento (abaixo de 2% das receitas) e, em consequência, é a pior administrada. Enquanto a Prefeitura continuar torrando dinheiro imprudentemente, não há solução à vista, arremata o Jornal Opção.
Isso é Paulo Garcia.