Diferente do que aconteceu em 2013, o vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano (PMDB), não faz parte da comissão que discute a gestão compartilhada entre Estado e Prefeitura da Saneago – empresa cuja clientela é formada, em sua maioria, por moradores da Capital.
O fato de ter afastado o vice-prefeito do debate diz muito sobre o momento que vive Paulo Garcia.
Agenor defende uma posição radical do Paço com relação à Saneago. Na opinião dele e de seu partido, o PMDB, Paulo deveria romper o contrato de concessão com a empresa e municipalizar o abastecimento (de modo a garantir autonomia total à prefeitura na gestão dos recursos hídricos da cidade).
Na última sexta-feira, em um movimento meticulosamente calculado junto à cúpula do PMDB (leia-se Iris), Agenor deu declarações duras à coluna Giro e cobrou do prefeito que assumisse uma posição enérgica.
Foi então que Paulo Garcia afastou-se ainda mais do PMDB ao excluir o vice-prefeito do debate sobre a gestão compartilhada da Saneago e nomeou o secretário de Finanças, Jeovalter Correia, para chefiar a comissão que negocia os termos do acordo com o governador Marconi Perillo (PSDB).
Este é mais um capítulo da crise entre Paulo Garcia e o PMDB.
Ao que tudo indica, Iris e sua turma estão criando clima para pular fora do barco nas eleições do ano que vem.