Mais uma vez a relação entre governo federal e o grupo JBS Friboi está envolvida numa polêmica. Agora a bola da vez é sobre uma informação privilegiada que o grupo controlador do frigorífico Friboi teria tido acesso.
Espalhou-se no mercado financeiro a história que o grupo dos irmãos Batista teria recebido informação restrita do Ministério da Fazenda para mudar sua posição no mercado de juros.
O grupo Friboi numa guinada inesperada passou a apostar na alta da taxa Selic. Quem pode ser processado por crime de vazamento de informação é o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Veja a matéria no site Brasil 247.
247 – A reunião mais tensa do Comitê de Política Monetária do Banco Central nos últimos anos acaba de ganhar um complicador adicional. Uma denúncia postada na internet no site Alerta Total avisa que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, poderá ser processado por crime de informação privilegiada. Isso porque, no fim da semana passada, numa movimentação atípica, o grupo JBS Friboi, do empresário Joesley Batista, que atua no setor de carnes e também possui um banco, mudou completamente sua posição no mercado futuro de juros, passando a apostar na alta da Selic.
De acordo com a denúncia, o grupo JBS Friboi começou a mudar suas posições às 11h20 da última sexta-feira, antes que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, começasse a falar num seminário sobre rumos da economia, patrocinado pelo próprio JBS. Neste dia, a fala do ministro foi interpretada pelo mercado como um prenúncio de endurecimento da política monetária.
Não se sabe se a denúncia é verdadeira ou não, mas o fato é que ela se espalha como rastilho de pólvora pelo mercado financeiro. O ministro Mantega embarca hoje para Washington. Procurado pelo 247, ele ainda não se posicionou sobre o caso, mas sua assessoria informa que a acusação não tem o menor fundamento.
Além do grupo JBS Friboi, outro grupo financeiro que mudou radicalmente sua aposta em relação aos juros futuros foi o BTG Pactual.
Na sexta-feira, o serviço Broadcast, da Agência Estado, havia citado a movimentação atípica no mercado de juros, por parte de uma empresa não financeira.
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