Pressionado por empresas do ramo imobiliário, a prefeitura de Goiânia informou à Câmara Municipal que deseja promover a expansão urbana da Capital, de modo a ampliar a área disponível para as grandes construtoras erguerem os seus condomínios.
A pergunta que precisa ser feita é: Goiânia está pronta para expansão urbana?
Estaria se os bairros mais novos da Capital já estivessem aparelhados com toda a estrutura necessária para que as famílias residentes tenham uma vida digna: ruas asfaltadas, transporte coletivo, escolas, creches e postos de saúde. Se esta fosse a realidade de toda a cidade, então a resposta seria sim.
Mas não é. No residencial Paulo Pacheco, por exemplo, centenas de famílias estão submetidas a nuvens de poeira que sobem das ruas do bairro. A promessa de asfaltá-las é antiga, mas nunca foi cumprida. A reportagem da TV Anhanguera foi ao local e ouviu mães chorosas, que lamentam a exposição dos filhos à poeira e a doenças respiratórias (clique aqui para assistir a reportagem).
O que dizer, então, do Pontal Sul 2? Lá não tem asfalto, o mato está para todo lado e o esgoto corre a céu aberto. “Estamos esquecidos”, desabafou uma moradora entrevistada também pela equipe da TV Anhanguera.
Ao todo, são pelo menos 21 bairros sem asfalto. O déficit na rede municipal de ensino é de 4 mil vagas (segundo a própria Secretaria de Educação). Os Cais e postos de saúde não têm médicos e enfermeiras suficientes e o transporte coletivo… bom, deixa pra lá.
O prefeito Paulo Garcia (PT) mal dá conta da cidade que tem e, para desespero de todos, se declara a favor de um novo projeto de expansão urbana.
O blog refaz a pergunta: estamos preparados para receber novos prédios, condomínios, residenciais?
O prefeito e as empreiteiras milionárias pensam que sim. E você, leitor?
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