O desvario tomou conta da equipe da Prefeitura de Goiânia e do próprio Paulo Garcia, que venderam freneticamente a versão de que o convite para assistir a uma palestra no Vaticano seria, na verdade, para um “encontro” e um “momento” com o papa (que nunca ocorreram) e também significaria ““apoio e reconhecimento” do papa e “bênçãos” para a gestão de Paulo Garcia”.
É claro que, da parte do papa Francisco ou do Vaticano ou de quem quer que tenha residência fixa em Roma, isso nunca passou pela cabeça. Um simples convite, que foi feito também a mais de uma centena de autoridades, para assistir a uma palestra do Sumo Pontíficie foi transformado, pelos comunicólogos da Prefeitura e pelo próprio prefeito, em “apoio”, “aprovação” e “reconhecimento” da administração de Paulo Garcia.
A turma do Paço Municipal inventou que a viagem ao Vaticano representaria uma oportunidade para que Paulo Garcia informasse o papa sobre “o trabalho desenvolvido em Goiânia” – na suposição de que algo do desvario administrativo da Prefeitura pudesse impressionar Sua Santidade, na hipótese nunca cogitada em momento algum de que o prefeito se aproximaria de Francisco e, pior ainda, pudesse lhe dizer algumas palavras (e ainda lembrando que Paulo Garcia só fala português, ao contrário do papa, que domina várias línguas, além do italiano).
O resultado é, como mentira tem perna curta, deu tudo errado. Paulo Garcia viu o papa de longe, não houve nem “apoio” nem “reconhecimento” nem “bênçãos” para a sua gestão e nem nada de mínima importância durante a viagem.