Em mais de 30 anos de eleições, Goiânia só escolheu um prefeito com perfil de gestor e tocador de obras – Iris Rezende, eleito em 2004 e reeleito em 2008.
Fora Iris, foram eleitos os professores Nion Albernaz, Darci Accorsi e Pedro Wilson, além do médico Paulo Garcia. Nenhum nem remotamente ligado à imagem de administrador ou executor de obras.
Mas, mesmo assim, a cada pleito, a característica de gestor é sempre levantada como essencial para que os partidos definam seus candidatos. Assim, no momento, o deputado federal Delegado Waldir, que conquistou inimagináveis 174 mil votos em Goiânia em 2014, caminha para ser preterido pelo PSDB, supostamente sob a alegação de que não teria a aparência de um tocador de obras.
A propósito da tese de que o candidato deve ter um perfil realizador, é bom lembrar: em 1998, o jovem Marconi Perillo, sem nenhuma experiência anterior em administração, foi eleito governador, derrotando o todo poderoso e então apresentado como construtor do Estado de Goiás, Iris Rezende.