“Não há a menor dúvida de que o presidente da OAB, o articulado Enil Henrique, é um advogado íntegro e ponderado. Não há, até o momento, nada que manche sua reputação. Entretanto, alguns advogados — muitos nem mesmo interessados na disputa eleitoral que se avizinha — sugerem algumas questões que chamam de “um debate ético necessário”. Eles frisam que Enil vai distribuir 80 medalhas Honorem Dignum. Aparentemente, não há nada demais, porque é uma forma de valorizar a categoria. Mas há dois pontos que provocam estranhamento. Primeiro, a quantidade — talvez excessiva. Segundo, por que entregá-las exatamente no período pré-eleitoral? Os advogados perguntam: ‘Estaria Enil usando a máquina da OAB para fins eleitorais?’. Se não há provas cabais, há indícios — sugerem”.
É o que diz, neste domingo, o Jornal Opção, em sua seção Bastidores, ao analisar o início da campanha pela presidência da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção de Goiás. As eleições, previstas para 27 de novembro próximo, terão como um dos candidatos o atual presidente, Enil Henrique.
Tradicionalmente, o Jornal Opção cobre de perto as eleições da OAB-GO, devido a importância da entidade não só para a numerosa classe dos advogados, em Goiás, mas também pela projeção que as posições assumidas pela instituição alcançam, tanto dentro como fora do Estado. Atualmente, a OAB-GO é presidida por Enil Henrique, que deverá disputar as eleições.
Por isso, o semanário afirma que a utilização da máquina da OAB para favorecer um candidato “não é democrática”. E acrescenta que, “como advogado íntegro, de ampla história positiva, Enil Henrique precisa entender que a entidade não pode ser usada para fins eleitorais. Todos os advogados agradecem — não apenas seus adversários, os também candidatos Lúcio Flávio e Flávio Buonaduce”.