A Constituição diz que a administração pública precisa ser impessoal. Portanto, constitui-se em grave delito o costume que as construtoras de Goiânia têm de contratar arquitetos da prefeitura para acelerar a tramitação de processos na gestão do ex-prefeito Iris Rezende. Em depoimento à CEI das Pastinhas, na Câmara de Vereadores, pelo menos quatro servidores que trabalhavam no Paço na época de Iris confirmaram que a prática existia.
Mais: eles disseram que os seus chefes concordavam e até incentivavam a prestação de freelas para as construtoras. Ou seja, os mesmos servidores que montavam os processos a pedido das construtoras analisavam-nos quando chegavam à Secretaria de Planejamento.
Os interesses da cidade foram gravemente comprometidos.
A grande pergunta que se faz no momento é: Iris sabia dessa promiscuidade patrocinada com o dinheiro público? Ele está entre os chefes que permitiam a triangulação entre servidores, prefeitura e construtoras? Estava a par do suborno que corria solto?
O ex-prefeito terá oportunidade para esclarecer os fatos porque foi convocado a depor. Estamos todos ansiosos para ouvi-lo.