O Jornal Opção acertou em cheio ao prever, há quase 10 dias, que cinco jornalistas de O Popular seriam demitidos nesta semana.
O Popular está em processo de renovação da sua linha editorial, que passa pelo afastamento da “velha guarda” que dominava a sua redação e impunha sua visão sobre o produto final – um jornal rabugento, especializado numa cruzada santa contra o governo e pouco interessado em temas, sem trocadilho, populares.
A circulação vinha caindo, assim como o número de acessos ao site na internet. Com a posse de Cristiano Câmara na presidência do Grupo Jaime Câmara, um grupo de consultores foi contratado para reformular O Popular, o que vem sendo feito, diga-se de passagem, com grande sucesso: no online, em poucos tempo, passou de 2 para 10 milhões de acessos mês.
A cobertura da morte do cantor Cristiano Araújo, que a velha guarda da redação queria confinar a um espaço exíguo, mas a nova orientação elevou à condição de prioridade máxima e chegou a ocupar sete páginas em única edição e todos os links da home-page do site, marcou o ponto de virada para a ampliação da leitura de O Popular, tanto no impresso quanto na internet.
Dentre os profissionais demitidos nesta semana, estava o veterano João Lemes, que há 20 anos ocupava a editoria de política do jornal, caso raríssimo na imprensa brasileira. Do pessoal antigo, restaram pouquíssimos, entre eles a editora-chefe Cileide Alves e a repórter política Fabiana Pulcineli, integrantes do grupo do ex-diretor de jornalismo Luiz Fernando Rocha Lima, também já defenestrado dentro do projeto de renovação de O Popular.