Em depoimento à Comissão de Inquérito que investiga suspeitas de fraude na emissão de alvarás para grandes empreendimentos imobiliários, o empresário Paulo Silas, ex-sócio da J.Vírgílio, admite que “fez tudo que mandavam” para não perder o direito de construir sob o Plano Diretor de 2004, que é menos rígido que o atual.
Há indícios de que, em 2007, às vésperas da vigência do novo Plano Diretor, servidores da prefeitura de Goiânia burlaram prazos e fraudaram documentos para permitir a gigantes do ramo de construção, como a J.Virgílio, a Merzian, a Consciente e a Teccril o “direito” de erguer prédios enquadrados em leis antigas. No final do depoimento, Paulo Silas foi ríspido com a imprensa: “Falem o que quiserem”, afirmou.
Para o presidente da CEI, Elias Vaz (PSB), o depoente foi sincero em muitas questões. “Admitiu que entregou documentos fora do prazo e a assinatura de alvarás [por parte de servidores] após a data determinada.”