O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), Francisco Almeida, encaminhou ao Ministério Público ofício em que sugere a suspensão imediata do embarque e desembarque improvisado de passageiros no Terminal Vera Cruz, que está sendo feito com uma rampa.
O entregue pelo Crea ao MP, elaborado pelos engenheiros civis Edvaldo Maia e Letícia Carvalho, aponta uma série de irregularidades que comprometem a acessibilidade aos ônibus.
Entre os quesitos de segurança e acessibilidade das rampas analisados, os técnicos concluíram que as estruturas não atendem às especificações sobre a inclinação das rampas, os patamares, os corrimãos e guarda-corpos, o piso e o desnível. Além disso, também foram verificados riscos aos passageiros nos apoios das estruturas – alguns sofreram deformações ou não estão devidamente fixados – e na distância entre as plataformas e os ônibus.
Como afirmam os engenheiros responsáveis pela vistoria, em seu Relatório de Constatação, a inspeção possibilitou que fosse constatado que “a construção das rampas (…) não foi precedida de um estudo detalhado, que englobasse a análise do fluxo de pessoas no local, a carga a qual a estrutura estaria sujeita, o dimensionamento e a especificação dos materiais e os critérios de acessibilidade exigidos pela NBR 9050:2004, necessitando, portanto, de adequações imediatas por profissionais legalmente habilitados”. No ofício enviado ao MP, o presidente do Crea faz questão de destacar a importância de realização dos estudos necessários à construção de uma estrutura permanente.