Se há algo em que a gestão do prefeito Paulo Garcia pode ser considerada como inovadora é nas palavras que definem as suas intervenções na cidade. Basta uma rápida pesquisa pelas reportagens publicadas ultimamente pelo jornal O Popular para constatar que as novidades são a “chacina” e o “assassinato” de árvores e a “mutilação” ou a “destruição” de praças.
No prolongamento da avenida Goiás Norte, sem nenhuma consulta a quem quer que seja, a administração de Paulo Garcia promoveu um verdadeiro “desmatamento”, destroçando centenas de árvores para criar corredores para a circulação de… carros. Agora, o mais recente escândalo municipal é a decisão, também sem conversar com ninguém, de recortar a Praça do Relógio, nas proximidades do Shopping Flamboyant, para abrir espaço para o tráfego de veículos, invertendo uma tendência mundial das grandes cidades – que é o transporte coletivo e o pedestre, em detrimento dos carros.
O “presente” de Paulo Garcia para Goiânia, no aniversário de 82 anos, não são as poucas, improvisadas e mal executadas obras que ele apregoa, a exemplo do túnel da avenida Araguaia, mas a mensagem de ataque ao meio ambiente e à sustentabilidade – que pode ser resumida na mutilação da Praça do Relógio, que o arquiteto e urbanista Everaldo Pastore, da PUC, definiu como capaz de tornar “Goiás mais morta, perdendo seus espaços públicos”.
Pode escrever, leitor: a gestão de Paulo Garcia vai ficar na história como a pior de todos os tempos.