Na data em que se comemora o 82º aniversário de Goiânia, dois artigos publicados na página de opinião de O Popular reclamam das decisões que o prefeito Paulo Garcia toma sem dar a menor bola para a opinião da comunidade goianiense.
“A retirada dos tapumes da Praça Cívica revitalizada, mais uma execução de projeto sem concurso público como recomenda o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), ou mesmo sem a participação da comunidade, desperta muitas curiosidades. O que será que preservaram e o que mais destruíram?”, pergunta em seu artigo Anamaria Diniz é arquiteta-urbanista, doutora em arquitetura e urbanismo pela UnB/ IUP- Sorbonne.
Já o doutor em Geografia e professor da UFG Tadeu Alencar Arrais volta a falar do que chama de “esquartejamento” da Praça do Relógio, perto do Shopping Flamboyant, que ele enxerga como símbolo do “interesse privado que comanda a cidade, pois jamais uma medida mitigadora poderia implicar em destruição de um espaço público”.
Tadeu Alencar Arrais, ainda sobre a eliminação da Praça do Relógio, acrescenta que, “sob o pretexto de melhorar a fluidez na Avenida Jamel Cecílio, estriparam não apenas um cartão postal da cidade, mas um espaço público cuja função o pensamento míope da administração não consegue entender”. E finaliza lamentando que “a cada dia sejamos surpreendidos por intervenções no ordenamento do uso e ocupação do espaço da cidade que são próprios de um modo autoritário de gestão”.