Alegando falar em nome de uma categoria com mais de 30 mil profissionais – os professores da rede estadual –, um bando de 50 supostos “professores” promoveu um “protesto” na Praça Cívica que é uma vergonha para Goiás.
Veja só: esses “professores”, em vez de apresentar argumentos e discutir a proposta de adoção do modelo de gestão da rede de ensino do Estado por organizações sociais, preferiu tumultuar o centro de Goiânia e ateou fogo a pneus, criando riscos para quem passava pelas ruas e avenidas próximas – que eles bloquearam, atrapalhando a vida de muita gente.
Que Educação é essa em que professores, renunciando aos seus dotes intelectuais, característica essencial do trabalho que desenvolvem, resolvem partir para atos de violência e radicalismo para externar os seu ponto de vista? Queimar pneus em vias públicas movimentadas pode, sim, ser caracterizado como uma espécie de “trerrorismo”, já que expõe a integridade física de quem está ou passa por perto..
O Popular, jornal que tradicionalmente se alinha com o corporativismo dos sindicatos de funcionários públicos em Goiás, primeiro afirmou no seu site que “centenas” de professores estavam no “protesto”. Depois, em matéria na edição desta sexta-feira, foi mais modesto e registrou 200 pessoas no evento. Tudo falso: basta conferir as fotos publicadas pelo próprio jornal para constatar que não apareceram mais do que 50 malucos travestidos de “professores”, quando muito.
Caso o seu filho esteja matriculado na rede estadual, caro leitor, tomara que não seja em salas onde esses “professores” dão aulas.