A nomeação de um advogado, Edilberto Dias, que se tornou conhecido como procurador jurídico do PT, para dirigir o principal órgão executivo da Prefeitura, a Comurg, evidencia o isolamento do prefeito Paulo Garcia e, à sua volta, a falta de quadros qualificados para o preenchimento dos cargos técnicos do município.
O currículo de Edilberto Dias é zero em matéria de experiência operacional, seja no setor público seja no setor privado. Aliás, é o mesmo perfil de Paulo Garcia, que foi deputado estadual, perdeu a reeleição e em seguida foi guindado ao cargo de vice-prefeito no bojo do acordo entre o PMDB e o PT, quando Iris, a velha raposa de sempre, escolheu um nome sem brilho e sem potencial para formar a sua chapa à Prefeitura.
Experiência ou conhecimento administrativo? Nadica de nada.
Da advocacia eleitoral para o PT, Edilberto Dias saltou para a Controladoria Geral do Município, onde se destacou pelos péssimos resultados em que inseriu Goiânia nos principais rankings nacionais de transparência – no último, promovido pela Controladoria Geral da União, Goiânia caiu quatro posições entre as capitais brasileiras e ficou na 13ª colocação segundo o jornal O Popular.
A maior prova do despreparo de Edilberto Dias para comandar a Comurg é a primeira providência que ele tomou à frente da companhia: deflagrou uma operação de limpeza e “embelezamento” dos bairros, segundo as suas próprias palavras. A estratégia é típica de cidades interioranas e já deixou de ser usada, há anos, nas grandes cidades brasileiras, onde que se exige é rotina e continuidade nos cuidados com as ruas e praças.