“Uma cidade refém das chuvas”: melhor título não poderia haver para reportagem que abre a página 11 do jornal O Popular, nesta sexta-feira, e que mostra o drama vivido pelos moradores de um município que quase se desintegra ao contato com a chuva.
A foto que ilustra a reportagem mostra um dos três pontos críticos da Marginal Botafogo, onde o desmoronamento da pista parece iminente. Este verdadeiro cenário de guerra também é formado por dois túneis alagados, aeroporto fechado, queda de pelo menos 17 árvores e enxurradas que tomaram ruas inteiras, impossibilitando o tráfego de veículos e de pessoas. Eis a triste constatação do jornal: “a chuva pegou o poder público de surpresa”.
Não era para ser assim. Como bem disse Mariana Martins no Bom Dia, Goiás desta sexta-feira, “chove todo ano em Goiânia. A cidade já deveria estar preparada”. Mas não está. O despreparo contamina também a Celg, incapaz de manter a distribuição regular de energia ao menor chuvisco.
Resta saber até quando seremos reféns não só da chuva, mas da incompetência do poder público.