De quem é a culpa pelos transtornos que o goianiense enfrenta sempre que cai um temporal na cidade? “Há quem diga que somos reféns do clima”, pondera a jornalista Gabriela Lima, da equipe do jornal O Popular. “Mas as chuvas não têm culpa de termos cidades impermeabilizadas e sem sistemas eficientes de drenagem”.
Gabriela assina um dos blogs recém-lançados no site do Pop. O dela, que se chama “Naturalmente”, aborda assuntos relacionados ao meio ambiente. O seu último texto faz uma reflexão importante sobre os efeitos das tempestades, que em Goiânia são poucas, mas causam problemas quando caem.
A jornalista afirma que a população erra ao pavimentar as calçadas de casa e que as construtoras adquirem parcela de culpa quando constroem empreendimentos imobiliários sem um bom sistema de drenagem. Mas paremos para pensar: a quem cabe fiscalizar e ordenar o espaço urbano? Acertou quem disse “a prefeitura”.
Gabriela ouviu a climatologia Juliana Ramalho Barros, professora da Universidade Federal de Goiás (UFG). Veja o que ela diz: “Digo sem medo de errar que as cidades, não só Goiânia, não estão preparadas para as chuvas do El Niño. Não há planejamento. Até as áreas novas não são pensadas para o escoamento de águas pluviais e, nas áreas antigas, o sistema não comporta nem o volume que cai normalmente”.
Veja, leitor, o drama que vivemos em Goiânia. Por conta das chuvas recentes, há três pontos da pista da marginal Botafogo sob ameaça de desmoronamento. Dois túneis ficaram alagados na quinta-feira, o aeroporto ficou fechado, caíram pelo menos 17 árvores e enxurradas tomaram ruas inteiras, impossibilitando o tráfego de veículos e pessoas”. Eis a triste constatação do jornal O Popular na edição desta sexta-feira: “A chuva pegou o poder público de surpresa”.
Clique aqui para ler o texto de Gabriela Lima na íntegra.