A avaliação do comentarista político Afonso Lopes, no Jornal Opção deste domingo, é novamente sobre o impacto que a candidatura do ex-deputado Luiz Bittencourt a prefeito de Goiânia, pelo PTB, está causando na base aliada do governador Marconi Perillo.
Afonso Lopes lembra que o grupo político liderado por Marconi é imbatível em matérias de eleições estaduais, mas não consegue se sair bem em Goiânia, onde acumula derrotas, entre outros, por um motivo muito forte: sempre se apresenta “esfrangalhado”, com os diversos aspirantes à candidatura a prefeito se agredindo entre si.
“O veto do ex-prefeito, e referência do PSDB goianiense, Nion Albernaz a Bittencourt, herança da campanha extremamente agressiva de 1996, antes de provocar ondas imediatas de divisionismo, o que carregaria mais fortemente a impressão de esfacelamento da força político-eleitoral da base aliada em Goiânia, acabou provocando essa reatualização de valores da articulação interna. Prudentemente, Bittencourt não procurou o PSDB, fortemente influenciado por Nion, mas foi ao PSB, que tem em Vanderlan seu maior potencial no momento, e ao PSD, partido decisivamente importante na composição da cúpula da base aliada, e que tem condições de bancar nome próprio para a disputa. Esse é o ineditismo que se observa no pré-jogo da escalação do time que a base aliada vai apresentar para o eleitor goianiense no ano que vem”, escreve o jornalista.
A conclusão de Afonso Lopes é que “resta inegável que Luiz Bittencourt agiu de maneira a se proteger e ao mesmo tempo oferecer proteção política a dois dos principais atores do plano de montagem da linha de atuação da base aliada estadual em Goiânia, Vanderlan e o PSD. Isso não equivale a um pacto, que na política geralmente jamais dá em nada além de discurso efêmero e pontual. Vai além disso ao se mostrar enquanto atitude. E é uma atitude nova para a base, sempre tão unida nas eleições estaduais quanto esfrangalhada nas eleições goianienses”.