Em coletiva de imprensa que aconteceu na última segunda-feira, técnicos do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-GO) afirmaram que é iminente o risco de um desastre causado pela chuva em Goiânia. É importante o registro da fala do presidente do Crea, Francisco Almeida: “Nada é mais importante para a cidade do que a elaboração de um plano diretor de drenagem urbana”.
Veja, caro leitor do blog, o que diz também o engenheiro Everton Schmaltz, que há cinco anos foi responsável por elaborar um projeto de recuperação da Marginal que não foi levado a sério: “Nada é mais urgente em Goiânia do que a elaboração desse plano. Nós ainda corremos riscos de que haja novos problemas”.
É difícil discordar do tom alarmista destes dois especialistas, principalmente se levarmos em conta o caos que se instalou na cidade na última semana em decorrência das chuvas. Pelo menos 17 árvores caíram, dois túneis ficaram alagados, o aeroporto foi fechado, o comércio invadido pela enxurrada e várias ruas ficaram submersas. Sem contar, é claro, das fissuras no asfalto da Marginal Botafogo e do princípio de desmoronamento da pista.
“Até que seja efetivamente elaborado e colocado em prática o plano diretor de drenagem urbana de Goiânia, a prefeitura deve resolver os problemas emergenciais – não podemos esperar”, insiste Francisco Almeida. “Os administradores públicos precisam ter consciência de que precisam dar continuidade naquilo que foi proposto; esses projetos não podem parar, independente de mudanças no governo. É necessário que a população cobre, porque esses projetos são de longo prazo e precisam ser continuados. Caso o projeto de recuperação da Marginal houvesse continuado, hoje não teríamos esse problemas”.