Reportagem publicada pelo jornal O Popular na última sexta-feira (dia 10) informa que o consórcio responsável pela obra do BRT em Goiânia ameaça cruzar os braços em muitíssimo breve. O motivo da paralisação é o atraso no pagamento de faturas já vencidas ou próximas de vencer, que totalizam R$ 5 milhões.
O projeto é financiado com três frentes de recursos, oriundos da Caixa Econômica Federal, Prefeitura de Goiânia e Governo Federal. Apenas a CEF tem o dinheiro garantido, mas a verba só é liberada depois que as outras partes depositam a contrapartida. Tanto prefeitura quanto o Governo Federal reclamam que não têm dinheiro em caixa.
A ordem de serviço para a construção do BRT de Goiânia foi assinada pela presidente Dilma Rousseff (PT) em março deste ano e previa a execução da obra em 24 meses – portanto, até março de 2017. O consórcio encarregado do projeto é formado pelas empresas Isolux, EPC e WVG, que, de acordo com a Lei de Licitações (8.666/1993), têm direito de romper o contrato caso haja atraso nas faturas liquidadas. De acordo com o jornal O Popular, de tudo que foi faturado até hoje, as empresas receberam apenas 37%.
O BRT foi concebido para cobrir uma linha que vai de Norte a Sul, terminando em Aparecida de Goiânia. Seus pontos de parada serão o terminal Recanto do Bosque, Estação Perimetral Norte, Estação Terminal Rodoviária, Praça Cívica, Praça do Cruzeiro, Terminal Isidória, Terminal dos Correios e Terminal Cruzeiro do Sul.