O site de notícias G1, da Rede Globo, que tem uma seção de notícias de Goiás mantida pela equipe da TV Anhanguera, usou um termo pejorativo para se referir a um jovem com deficiência física que fugiu da polícia enquanto era conduzido para uma audiência no fórum de Aparecida.
Segundo o G1, tratava-se de um “manco”, alusão ao fato de que o rapaz – criminoso de alta periculosidade, que há pouco tempo matou o dono e o gerente de um supermercado, para roubar – não consegue se locomover plenamente em função de problemas em uma das pernas.
A expressão, considerada incorreta até mesmo por um decreto presidencial, no Brasil, foi usada pelo G1 inclusive no título da matéria. Pelo decreto assinado pelo presidente Lula em 2010, por encaminhamento da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, que atendeu a uma recomendação da Organização das Nações Unidas, o termo a ser usado, no caso do jovem delinquente, é “pessoa com deficiência física”.
“Manco”, segundo o professor Romeu Kazumi Sassaki, autor do livro intitulado Inclusão: Construindo uma Sociedade para Todos, é uma palavra pejorativa que decorre de uma visão preconceituosa sobre as pessoas afetadas por algum tipo de problema, que não podem receber tratamento inadequado ou indigno em relação a essa característica.