Em entrevista ao Jornal Opção, o cientista político Francisco Tavares, professor da UFG, faz uma avalização interessante: ele afirma um nome como o da deputado federal Delegado Waldir, como candidato a prefeito de Goiânia, “tem teto, por ser extremamente polêmico. Ele mobiliza de forma extremamente radical um eleitor ou outro, mas da mesma forma afasta um grupo importante do eleitorado. Então, talvez, a votação dele não vá muito mais longe do que o que ele já tem nas pesquisas, o que não é suficiente para elegê-lo”.
Segundo o professor, a sua opinião resulta de pesquisas qualitativas a que teve acesso, sobre a campanha eleitoral em Goiânia.
Francisco Tavares acredita que é preciso partir do ponto de que pesquisas, principalmente quantitativas, com sete ou oito meses de antecedência, não dizem tanto quanto as qualitativas: “Significa, portanto, apenas que o fato de Delegado Waldir e Iris Rezende estarem na frente se deve ao recall que ambos possuem junto ao eleitorado”, acrescenta.
O cientista político explica que “as pessoas apenas estão se lembrando de que eles – Iris e Waldir – existem, o que não significa necessariamente voto na urna, não dá para projetar se isso vai dar mais ou menos votos na hora da eleição”. Francisco Tavares conclui que, “em relação a Iris Rezende, as pesquisas qualitativas mostram certo desgaste dele com o eleitorado e que ele não representa novidade. Então, embora os dois, Iris e Waldir liderem, não significa que sejam os favoritos”,