No vão esforço de transparecer tranquilidade no momento em que o PMDB de Goiás ocupa as páginas policiais, o presidente do partido, deputado federal Pedro Chaves, afirmou nesta quinta-feira à rádio CBN que o arranca-rabo entre o deputado estadual Paulo Cézar Martins e um aliado da ex-deputada dona Iris na sede do diretório, com direito a disparo de tiro e móveis quebrados, “não reflete o momento que vive o partido”.
“Este clima não reflete o que se passa neste momento no PMDB. Este fato maculado não vai manchar a nossa eleição”, afirmou Pedro Chaves. O deputado assegurou que a confusão não vai interferir no cronograma eleitoral do partido, que prevê o desfecho da guerra entre maguitistas e iristas no dia 5 de fevereiro, com a eleição do novo presidente do diretório. Estão no páreo o maguitista Daniel Vilela e o irista Nailton de Oliveira.
Acontece que, ao contrário do que diz Pedro Chaves, é exatamente este o clima do PMDB há, pelo menos, quatro meses. Nos bastidores, o ex-governador Iris Rezende e a ex-deputada Iris de Araújo tem dito cobras e lagartos sobre o prefeito Maguito Vilela e afirmam, para quem quiser ouvir, que não aceitam acordo algum para pacificação do PMDB que envolva participar da mesma chapa que Daniel Vilela. Daniel, por sua vez, tem afirmado que Iris é o símbolo de um partido envelhecido, carcomido, que não tem sintonia mais com o povo.
Ou seja: o tiro disparado pela arma do segurança de PC Martins na sede do diretório foi só o desfecho desta guerra conflagrada no partido.