Quem acompanha o blog sabe que o jornalista Márcio Leijoto, hoje editor de Cidades do jornal O Popular, já foi assessor de imprensa do Sintego. Talvez seja por isso que é notório o ranço sindical presente no artigo que ele escreveu em seu Facebook para falar da função das Organizações Sociais (OS) nas escolas estaduais.
A primeira estratégia de Leijoto é tentar desqualificar, de cara, as OS e induzir o leitor de que as mesmas vão interferir de forma atabalhoada no processo pedagógico. Já foi mais que esclarecido pelo governo e Seduce de que o controle pedagógico das escolas continuará sendo de responsabilidade da secretaria de educação.
Na sequência, Leijoto afirma que governo, secretaria e Polícia Militar estão criminalizando o movimento que ocupa escolas. Aqui, o jornalista força a barra, pois tal afirmação não faz sentido. O governo não persegue os manifestantes, que estão deixando as escolas por vontade própria e é nítido o enfraquecimento do grupo.
“Algemar estudante e professor como suspeito de um crime violento, como na noite do dia 15, é grave”, escreve Leijoto. Os elementos presos no dia da segunda invasão foram levados pela Polícia porque estavam depredando patrimônio público e invadindo propriedade alheia.
Se uma pessoa invadir a residência do jornalista e começar a quebra seus móveis, certamente ele chamará a polícia e o elemento será detido e encaminhado a uma delegacia. Os tais manifestantes não estavam protestando, e sim quebrando salas, esvaziando extintores e derrubando mesas.
Márcio Leijoto, por fim, não revela que foi assessor de imprensa do Sintego e funcionário das radicais Bia de Lima e Iêda Leal. Esta é uma informação relevante que não poderia ter sido suprimida. Outra observação é que Leijoto poderia ter publicado o artigo na página de Opinião do jornal em que ele é editor.