O presidente da Câmara Municipal, Anselmo Pereira (PSDB), passou meses esperneando com o PSDB em Goiânia e exigindo que fosse levado a sério como um dos pré-candidatos do partido a prefeito da Capital.
Aos brados, Anselmo apresentava-se como antítese ao deputado federal Giuseppe Vecci e dizia ser ele o único pré-candidato que conhecia Goiânia na essência. Na última terça-feira, por exemplo, enquanto presidia uma sessão da Câmara, o vereador disse que havia se arrependido por pedir votos para o deputado na eleição de 2014, uma vez que oito meses depois de assumir o mandato Vecci já pensava em se desfazer da vida de parlamentar em nome do projeto de disputar a prefeitura.
Os vereadores presentes no plenário também ouviram o presidente da Casa afirmar que, ao contrário de seu adversário nas prévias, ele havia formulado uma vistosa plataforma de propostas para a Capital. Sobre Vecci, ele disse: “apresentou apenas uma folha de rosto com ideias vagas para cidade”. Quem quiser ouvir é só requerer à TV Câmara uma cópia da sessão transmitida na terça.
Anselmo esticou a corda o quanto pôde e, horas antes das prévias, ele confirmou as expectativas de praticamente todo o mundo político: retirou-se da disputa, alimentando especulações de que havia se inserido na disputa apenas para negociar um benefício qualquer – seja ele financeiro ou político – mais adiante.
Anselmo calou a boca dos seus próprios aliados, que foram obrigados a defender a seriedade do projeto dele, e encheu de razão os céticos que enxergam no vereador nada mais do que uma figura folclórica – e às vezes escandalosa – que contribui para que a Câmara seja vista como um circo de quinta categoria, como estes às vezes se instalam em frente ao shopping Flamboyant.
Ficou a imagem de um político blefador e que não merece ser levado a sério.